Palavras de Esperança

 Se não admites a sobrevivência depois da morte, interroga  aqueles que viram partir os entes mais caros; inquire os que afagaram as mãos geladas de pais afetuosos nos últimos instantes do corpo físico; 

sonda a opinião das viúvas que abraçaram os esposos na longa despedida, derramando as agonias do coração no silêncio das lágrimas; informa-te com os homens sensíveis que sustentaram nos braços as companheiras emudecidas, tentando em vão, renovar-lhes o hálito na hora extrema;

 procura as palavras das mães que fecharam os olhos dos próprios filhos, tombados inertes na primavera da juventude ou nos brincos da infância...


Pergunta aos que carregam um esquife, como quem sepulta sonhos e aspirações no gelo do desalento, e indaga dos que choram sozinhos, junto às cinzas de um túmulo, perguntando por quê...

Eles sabem por intuição, que os mortos vivem e reconhecem que, apenas por amor deles, continuam igualmente a viver.

Do próprio Mestre ao vencer a morte vêm consolar este templário e outras tantas criaturas que sofrem com a ausência, e que através dos escritos sagrados de que ela é limitada, temporária. Só por isso é motivo para seguir acreditando e entregando tudo ao Nosso Senhor.


 Não há um só dia em que não agradeça por me reencontrar com o Cristo. Não à imagem fechada, dos círculos dogmáticos anestesiados pelos títulos do mundo pagão. O Deus, cuja centelha divina, está em cada um de nós. 

 

Sentem-lhes a presença no caminho em que jornadeiam escutam-lhes a voz inarticulada com os ouvidos do pensamento e prosseguem lutando e trabalhando, simplesmente por esperaram os supremos regozijos do reencontro. 


Emmanuel

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