Pelo mundo

Mestre, a porta está aberta para o Senhor. Sinto em meu íntimo que queres conversar comigo. Tenho vergonha, pois eu que deveria te procurar, e orar, suplicando pela tua presença na minha vida. Sou imensamente grato por estares sempre à minha espera e em todas as invocações ou mesmo intercessão por problemas de difícil solução és meu conselheiro infalível.



Porém, por diversas vezes, desdenho de minha pequenez diante de ti e de tua misericórdia. Tento me esconder em inúmeras atividades; algumas impostas, outras inventadas com o pretexto de fugir do alcance do teu olhar. Como se isso fosse possível!

Mesmo hesitante, fico feliz quando vejo alguém estar novamente próximo a ti, como a ovelha que se perde do rebanho, e testemunhar com os meus próprios olhos a alegria de estar junto a ti, como a parábola do filho pródigo.

 Nesta Hora Sagrada, na sua infinita misericórdia, eu te peço o dom da paciência e atenção para entender as diversas maneiras com que tentas falar comigo. 









Porém, por diversas vezes, tento me esconder através do trabalho; como se não soubesses o que faço, sinto ou penso. 
Dia desses na capelinha, te vi ao lado de tua mãe. E olhei ao redor as inúmeras inscrições de agradecimento em mármore pelas graças alcançadas.

Aceito tua grandeza no meu mundo, ainda que em muitas ocasiões não consiga ficar muito tempo diante de ti, olhar para ti escutar atentamente o que tens para me dizer.
Hoje só lhe peço, em tua misericórdia, que me dê paciência e atenção, para que consiga te contemplar o necessário, sem pedir nada em troca. 

Me diz nesta hora sagrada o que devo fazer para que entres em minha vida e que ao bater na porta, esta esteja apenas encostada; porque estou me preparando a cada dia, aguardando pela tua visita.


  





Antes de vir como justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia... agora prolongo-lhes o tempo da Misericórdia, mas ai deles, se não reconhecerem o tempo da Minha visita... (Diário 83, 1160).



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