Perante ofensas

 Reportando-nos às ofensas que porventura nos conturbem a caminhada, recordemos os tesouros de orientação e discernimento que nos facilitam a alma. 

Compete-nos a obrigação de reconhecer que nós, os espíritos encarnados e desencarnados que hoje nos devotamos ao Evangelho explicado pela codificação Kardecista, guardamos elucidações em torno das realidades essenciais da vida e do universo em grau de esclarecimento e convicção que a maioria dos profitentes de muitas das escolas religiosas da Terra estão longe de alcançar.

Conhecemos, 

 A VIDA além da morte

a responsabilidade compulsória da consciência de cada um, na lei de causa e efeito;

o intercâmbio do mundo espiritual com o mundo físico;

a reencarnação;

o problema das provas;

o impositivo de esquecimento de todo mal;

a necessidade constante da prática do bem;

a mediunidade com os fatos que lhe são consequentes;

o princípio das afinidades com os imperativos da sintonização fluídica;

a obsessão visível e a obsessão oculta;

o degrau evolutivo em que cada criatura se coloca;

a diferença entre a cultura do cérebro e direção do sentimento;

Por outro lado, recebemos favores constantes, como sejam:

a interpretação clara das lições de Jesus;

o consolo e a advertência de amigos domiciliados em planos superiores;

o benefício da prece espontânea sem o constrangimento de quaisquer preceitos convencionais;

a intervenção fraternal no socorro aos espíritos infelizes;

a cooperação do magnetismo sublimado e múltiplas expressões de auxílio que vão da palestra doutrinária às mais elevadas demonstrações de carinho e abnegação da espiritualidade maior. 

É razoável concluir, assim, que se nós, os que sabemos tanto da verdade e recolhemos tanto amparo, ainda ofendemos a outrem sem perceber, como exibir demasiada severidade perante aqueles irmãos da humanidade que nada recebem do muito que conhecemos e recebemos?

Reflitamos nisso e abramos o coração ao entendimento e à misericórdia, porquanto somente pelo cultivo da misericórdia e do entendimento é que encontraremos, em nós mesmos, a força do amor capaz de garantir em nós e fora de nós a construção do Reino de Deus. 

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